O Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) está disponibilizando em seu site o Caderno de Textos produzido para o seminário "O que é a favela, afinal?". O caderno reúne textos de dez pesquisadores sobre o tema, dentre eles Fernando Cavallieri, do Instituto Pereira Passos (IPP), Cristovão Duarte, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Marcelo Baumann Burgos, da PUC-RIO.
Promovido pelo OF/RJ em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o seminário, realizado nos dias 19 e 20 de agosto, contou com a presença de pesquisadores e especialistas de 15 instituições do Brasil.
Para ter acesso aos textos, basta clicar no link: http://www.observatoriodefavelas.org.br/observatoriodefavelas/includes/publicacoes/164308ca4eebfdf4fd62ab414e0ad4fb.pdf
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O que é a favela, afinal?
Desde a sua criação, o Observatório de Favelas vem buscando estabelecer novos modos de apreensão do fenômeno da favelização. Este empenho se origina a partir do reconhecimento de que a representação das favelas - e de seus moradores - orienta políticas e projetos que, na maioria das vezes, se fundamentam em pressupostos equivocados, em geral superficiais, baseados em estereótipos que não permitem uma compreensão aprofundada sobre a realidade social, econômica, política e cultural em sua totalidade e complexidade.
A diversidade das formas e das dinâmicas sociais, econômicas e culturais, também tem sido um desafio na compreensão do que é uma favela e, por conseguinte, na definição de parâmetros universais que orientem uma definição mais precisa.
Com efeito, por se tratar de um fenômeno diverso e complexo, e ao mesmo tempo marcado por forte estigmatização, observa-se que os pressupostos centrados em parâmetros negativos têm sido utilizados como referência hegemônica na representação social e na elaboração de definições mais concisas sobre o fenômeno. Estes pressupostos se sustentam em torno das idéias de ausência, carência e homogeneidade, e tomam como significante aquilo que a favela não é em comparação a um modelo idealizado de cidade: “a favela não possui arruamento regular”; “a ocupação é ilegal”; “não há oferta formal de serviços públicos”; dentre outros exemplos.
Nós compreendemos que as favelas constituem moradas singulares no conjunto da cidade, compondo o tecido urbano, estando, portanto, integrado a este, sendo, todavia, tipos de ocupação que não seguem aqueles padrões hegemônicos que o Estado e o mercado definem como sendo o modelo de ocupação e uso do solo nas cidades. Estes modelos, em geral, são referenciados em teorias urbanísticas e pressupostos culturais vinculados a determinadas classes e grupos sociais hegemônicos que consagram o que é um ambiente saudável, agradável e adequado às funções que uma cidade deve exercer no âmbito do modelo civilizatório em curso.
O processo de urbanização brasileiro revela que os marcos do ordenamento territorial é que foram sendo ajustados aos modelos de ocupação – e não o contrário -, salvo o caso das “cidades planejadas”, a exemplo de Brasília. Todavia, ao longo dos anos, e do processo de regulação da vida social estabelecidos pelo Estado, os assentamentos em favelas, por suas características morfológicas, e também por sua composição social, foram sendo relegados ao lugar da ilegalidade e da desconformidade com as normatizações que foram criadas pelos grupos hegemônicos que exerciam o poder político e econômico nas cidades.
Em função disso, acreditamos que uma definição de favela não deve ser construída em torno do que ela não possui em relação ao modelo dominante de cidade. Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas em sua especificidade sócio-territorial e servirem de referência para a elaboração de políticas públicas apropriadas a estes territórios. Este reconhecimento já vem sendo realizado, em parte, por meio do Estatuto da Cidade, que define as favelas como áreas de especial interesse, que necessitam de uma regulação própria baseada na sua materialidade dada. É da concretude da sua morfologia que se estabelecem as referências possíveis do que é compreendido como uma morada digna, dotada das condições necessárias para o bem-estar e o bem-viver. Enfim, uma morada onde grupos que se aproximam por valores, práticas, vivências, memórias e posição social, construam sua identidade como força de realização de suas vidas.
O Observatório de Favelas, portanto, considera que a favela é um território constituinte da cidade caracterizada, em parte ou em sua totalidade, pelas seguintes referências:
- insuficiência histórica de investimentos do Estado e do mercado formal, principalmente o imobiliário, financeiro e de serviços;
- forte estigmatização sócio-espacial, especialmente inferida por moradores de outras áreas da cidade;
- níveis elevados de subemprego e informalidade nas relações de trabalho;- edificações predominantemente caracterizadas pela autoconstrução, que não se orientam pelos parâmetros definidos pelo Estado;
- apropriação social do território com uso predominante para fins de moradia;- indicadores educacionais, econômicos e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;- ocupação de sítios urbanos marcados por um alto grau de vulnerabilidade ambiental;- grau de soberania por parte do Estado inferior à média do conjunto da cidade;- alta densidade de habitações no território;
- taxa de densidade demográfica acima da média do conjunto da cidade;- relações de vizinhança marcadas por intensa sociabilidade, com forte valorização dos espaços comuns como lugar de encontro;
- alta concentração de negros (pardos e pretos) e descendentes de indígenas, de acordo com a região brasileira;
- grau de vitimização das pessoas, sobretudo a letal, acima da média da cidade.
Consideramos que as ideias acima explicitadas devem ser referenciadas em torno de princípios que se fundamentem em uma cidade diversa, una e plural, e que orientem uma gestão metropolitana pautada pela justiça territorial. Compreender a cidade em sua pluralidade é reconhecer a especificidade de cada território e seus moradores, considerando-os como cidadãos que devem ter seus direitos sociais garantidos na forma de políticas públicas afeiçoadas a seus territórios. Trata-se de um princípio da validação plena da vida social, democraticamente orientada e configurada nos usos legítimos do território por grupos sociais marcados por profundas desigualdades sociais.
Observatório de Favelas
A diversidade das formas e das dinâmicas sociais, econômicas e culturais, também tem sido um desafio na compreensão do que é uma favela e, por conseguinte, na definição de parâmetros universais que orientem uma definição mais precisa.
Com efeito, por se tratar de um fenômeno diverso e complexo, e ao mesmo tempo marcado por forte estigmatização, observa-se que os pressupostos centrados em parâmetros negativos têm sido utilizados como referência hegemônica na representação social e na elaboração de definições mais concisas sobre o fenômeno. Estes pressupostos se sustentam em torno das idéias de ausência, carência e homogeneidade, e tomam como significante aquilo que a favela não é em comparação a um modelo idealizado de cidade: “a favela não possui arruamento regular”; “a ocupação é ilegal”; “não há oferta formal de serviços públicos”; dentre outros exemplos.
Nós compreendemos que as favelas constituem moradas singulares no conjunto da cidade, compondo o tecido urbano, estando, portanto, integrado a este, sendo, todavia, tipos de ocupação que não seguem aqueles padrões hegemônicos que o Estado e o mercado definem como sendo o modelo de ocupação e uso do solo nas cidades. Estes modelos, em geral, são referenciados em teorias urbanísticas e pressupostos culturais vinculados a determinadas classes e grupos sociais hegemônicos que consagram o que é um ambiente saudável, agradável e adequado às funções que uma cidade deve exercer no âmbito do modelo civilizatório em curso.
O processo de urbanização brasileiro revela que os marcos do ordenamento territorial é que foram sendo ajustados aos modelos de ocupação – e não o contrário -, salvo o caso das “cidades planejadas”, a exemplo de Brasília. Todavia, ao longo dos anos, e do processo de regulação da vida social estabelecidos pelo Estado, os assentamentos em favelas, por suas características morfológicas, e também por sua composição social, foram sendo relegados ao lugar da ilegalidade e da desconformidade com as normatizações que foram criadas pelos grupos hegemônicos que exerciam o poder político e econômico nas cidades.
Em função disso, acreditamos que uma definição de favela não deve ser construída em torno do que ela não possui em relação ao modelo dominante de cidade. Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas em sua especificidade sócio-territorial e servirem de referência para a elaboração de políticas públicas apropriadas a estes territórios. Este reconhecimento já vem sendo realizado, em parte, por meio do Estatuto da Cidade, que define as favelas como áreas de especial interesse, que necessitam de uma regulação própria baseada na sua materialidade dada. É da concretude da sua morfologia que se estabelecem as referências possíveis do que é compreendido como uma morada digna, dotada das condições necessárias para o bem-estar e o bem-viver. Enfim, uma morada onde grupos que se aproximam por valores, práticas, vivências, memórias e posição social, construam sua identidade como força de realização de suas vidas.
O Observatório de Favelas, portanto, considera que a favela é um território constituinte da cidade caracterizada, em parte ou em sua totalidade, pelas seguintes referências:
- insuficiência histórica de investimentos do Estado e do mercado formal, principalmente o imobiliário, financeiro e de serviços;
- forte estigmatização sócio-espacial, especialmente inferida por moradores de outras áreas da cidade;
- níveis elevados de subemprego e informalidade nas relações de trabalho;- edificações predominantemente caracterizadas pela autoconstrução, que não se orientam pelos parâmetros definidos pelo Estado;
- apropriação social do território com uso predominante para fins de moradia;- indicadores educacionais, econômicos e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;- ocupação de sítios urbanos marcados por um alto grau de vulnerabilidade ambiental;- grau de soberania por parte do Estado inferior à média do conjunto da cidade;- alta densidade de habitações no território;
- taxa de densidade demográfica acima da média do conjunto da cidade;- relações de vizinhança marcadas por intensa sociabilidade, com forte valorização dos espaços comuns como lugar de encontro;
- alta concentração de negros (pardos e pretos) e descendentes de indígenas, de acordo com a região brasileira;
- grau de vitimização das pessoas, sobretudo a letal, acima da média da cidade.
Consideramos que as ideias acima explicitadas devem ser referenciadas em torno de princípios que se fundamentem em uma cidade diversa, una e plural, e que orientem uma gestão metropolitana pautada pela justiça territorial. Compreender a cidade em sua pluralidade é reconhecer a especificidade de cada território e seus moradores, considerando-os como cidadãos que devem ter seus direitos sociais garantidos na forma de políticas públicas afeiçoadas a seus territórios. Trata-se de um princípio da validação plena da vida social, democraticamente orientada e configurada nos usos legítimos do território por grupos sociais marcados por profundas desigualdades sociais.
Observatório de Favelas
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Documento com novo conceito de favela percorrerá todo o país
Especialistas e pesquisadores reuniram em documento tópicos que estabelecem um novo conceito de favela, diferente da atual caracterização desses espaços dada pelo IBGE. A elaboração da carta marcou o encerramento do seminário “O que é favela, afinal?”. Após dois dias de palestras e debates, pesquisadores, professores universitários e especialistas definiram hoje (20/08) os principais itens que vão compor um documento com o novo conceito de favela, estabelecido a partir das características que mais se aproximam da realidade desses espaços. O documento - dividido em três aspectos: socio-cultural, urbanístico e político-, será entregue nos próximos dias e percorrerá câmaras, comissões de direitos humanos, prefeituras e instituições públicas e privadas de todo o país.
A definição do conceito de favela foi tema central do seminário "O que é favela, afinal?" promovido pelo Observatório de Favelas em parceria com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O encontro aconteceu simultaneamente no BNDES e na sede do Observatório, no Complexo da Maré, onde foi feito o encerramento nesta quinta-feira (20/08). Na ocasião, o principal ponto colocado pelos participantes foi o de que a favela não pode mais ser caracterizada como espaço de ausência e precariedade, visão ainda adotada pelos por órgãos públicos como Instituto Pereira Passos (IPP) e IBGE.
"Acreditamos que uma definição de favela não pode ser construída em torno do que ela não possui em relação ao modelo dominante da cidade. Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas em sua especificidade socio-territorial e servirem de referência para elaboração de políticas públicas apropriadas a estes espaços", resumiu o coordenador geral do Observatório, Jorge Luiz Barbosa.
O Observatório considera a favela como um território que faz parte da cidade e está caracterizada da seguinte forma:
- Insuficiência histórica de investimentos do Estado e do mercado formal, principalmente o financeiro e o de serviços;
- forte estigmatização socio-espacial, especialmente inferida por moradores de outras áreas da cidade;
- níveis elevados de subemprego e informalidade nas relações de trabalho;
- edificações predominantemente caracterizadas pela autoconstrução, que não se orientasm pelos parâmetros definidos pelo estado.
- apropriação social do território com uso predominante para fins de moradia;
- indicadores educacionais, econômicos e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;
- ocupação de sítios urbanos marcados por um alto grau de vulnerabilidade ambiental;
- grau de soberania por parte do estado inferior à média da cidade;
- alta densidade de habitações no território;
- taxa de densidade demográfica acima da média do conjunto da cidade;
- relações de vizinhança marcadas por intensa socialbilidade, com acentuada valorização dos espaços comuns como lugar de encontro;
- alta concentração de negros (pardos e pretos) e descendentes de indígenas, de acordo com a região brasileira.
Os tópicos destacados pelo Observatório foram mencionados pelos especialistas e pesquisadores durante o seminário. Estes mesmos itens, acrescidos das considerações finais feitas no encerramento do evento é que vão se transformar no documento que apresentará a todo o Brasil o conceito de favela. A partir desses pontos se pretende atrair políticas públicas mais focalizadas.
A definição do conceito de favela foi tema central do seminário "O que é favela, afinal?" promovido pelo Observatório de Favelas em parceria com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O encontro aconteceu simultaneamente no BNDES e na sede do Observatório, no Complexo da Maré, onde foi feito o encerramento nesta quinta-feira (20/08). Na ocasião, o principal ponto colocado pelos participantes foi o de que a favela não pode mais ser caracterizada como espaço de ausência e precariedade, visão ainda adotada pelos por órgãos públicos como Instituto Pereira Passos (IPP) e IBGE.
"Acreditamos que uma definição de favela não pode ser construída em torno do que ela não possui em relação ao modelo dominante da cidade. Pelo contrário, elas devem ser reconhecidas em sua especificidade socio-territorial e servirem de referência para elaboração de políticas públicas apropriadas a estes espaços", resumiu o coordenador geral do Observatório, Jorge Luiz Barbosa.
O Observatório considera a favela como um território que faz parte da cidade e está caracterizada da seguinte forma:
- Insuficiência histórica de investimentos do Estado e do mercado formal, principalmente o financeiro e o de serviços;
- forte estigmatização socio-espacial, especialmente inferida por moradores de outras áreas da cidade;
- níveis elevados de subemprego e informalidade nas relações de trabalho;
- edificações predominantemente caracterizadas pela autoconstrução, que não se orientasm pelos parâmetros definidos pelo estado.
- apropriação social do território com uso predominante para fins de moradia;
- indicadores educacionais, econômicos e ambientais abaixo da média do conjunto da cidade;
- ocupação de sítios urbanos marcados por um alto grau de vulnerabilidade ambiental;
- grau de soberania por parte do estado inferior à média da cidade;
- alta densidade de habitações no território;
- taxa de densidade demográfica acima da média do conjunto da cidade;
- relações de vizinhança marcadas por intensa socialbilidade, com acentuada valorização dos espaços comuns como lugar de encontro;
- alta concentração de negros (pardos e pretos) e descendentes de indígenas, de acordo com a região brasileira.
Os tópicos destacados pelo Observatório foram mencionados pelos especialistas e pesquisadores durante o seminário. Estes mesmos itens, acrescidos das considerações finais feitas no encerramento do evento é que vão se transformar no documento que apresentará a todo o Brasil o conceito de favela. A partir desses pontos se pretende atrair políticas públicas mais focalizadas.
Pesquisadores e especialistas discutem formação do conceito de favela
Hoje é o dia dedicado às exposições e debates em grupos no seminário “O que é a favela, afinal?”, promovido pelo Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ao todo 15 instituições estão representadas. Agora à tarde os participantes vão destacar os pontos fortes apresentados pela manhã para a formulação dos itens de formação do conceito de favelas, que em setembro será levado a todos os órgãos de pesquisas governamentais para avaliação e possível mudança na definição dos espaços.
Na parte da manhã, Jailson de Souza e Silva, fundador do OF/RJ; Gerônimo Leitão, professor da UFF; Laura Bueno, da PUC de Campinas; Linda Gondin, da UFC - Universidade Federal do Ceará; Pedro Strozemberg (Iser) e Rosana Denaldi, da Universidade Federal do Grande ABC fizeram suas exposições sobre o tema e apontaram o que para eles poderia ser definido como conceito de favela.
Em seguida foi aberta a palavra aos debatedores, entre eles Itamar Silva, do Ibase e morador do Dona Marta, Edson Diniz, da Redes Maré, Rogéria Nunes, do Cedaps, Guti Fraga, do grupo Nós do Morro, Edson da Cunha do Centro de Pesquisas da Petrobras e Ricardo Henriques do BNDES, entre outros.
Na parte da manhã, Jailson de Souza e Silva, fundador do OF/RJ; Gerônimo Leitão, professor da UFF; Laura Bueno, da PUC de Campinas; Linda Gondin, da UFC - Universidade Federal do Ceará; Pedro Strozemberg (Iser) e Rosana Denaldi, da Universidade Federal do Grande ABC fizeram suas exposições sobre o tema e apontaram o que para eles poderia ser definido como conceito de favela.
Em seguida foi aberta a palavra aos debatedores, entre eles Itamar Silva, do Ibase e morador do Dona Marta, Edson Diniz, da Redes Maré, Rogéria Nunes, do Cedaps, Guti Fraga, do grupo Nós do Morro, Edson da Cunha do Centro de Pesquisas da Petrobras e Ricardo Henriques do BNDES, entre outros.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Especialistas defendem as favelas como parte da cidade
O reconhecimento das favelas como parte da Cidade do Rio de Janeiro foi a principal reflexão colocada hoje (19/08) em discussão na abertura do seminário “O que é a favela, afinal?”, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O encontro – dividido em dois dias, hoje e amanhã (20/08) – é parte das comemorações dos oito anos de fundação do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) e pretende discutir, aprofundar e difundir um conceito de favela capaz de superar os estereótipos comumente utilizados para descrever esses espaços.
Para o assessor da Presidência do BNDES, Ricardo Henriques, que fez a abertura do seminário, ao lado do diretor do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do banco, André Bezerra, e do coordenador geral do Observatório, Jorge Luiz Barbosa, a discussão social e territorial das favelas tem que girar em torno do desenvolvimento econômico. Henriques disse que é preciso ‘quebrar’ de vez as falsas percepções sobre os territórios e, por isso, o seminário acontece simultaneamente no espaço do BNDES e na sede do Observatório, no Complexo da Maré. “Hoje o BNDES tem visão mais consistente do ponto de vista social, de enfrentamento das desigualdades sociais e territoriais”, destacou.
A professora de arquitetura da UFF, estudiosa e pesquisadora de favelas, Maria Lais da Silva, fez uma reflexão de caráter histórico sobre o tema dizendo que a definição do conceito de favela é algo tão complexo que vem sendo pensado há décadas. “Complexidades e ambiguidades são questões próprias da cidade e por que não pensar em favela como cidade no campo da produção e do espaço urbano”, levantou.
A mesma questão é defendida pelo professor Jailson de Souza e Silva, fundador do Observatório e hoje secretário de Educação de Nova Iguaçu. Em sua palestra, Jailson destacou que todas as definições até agora sobre favelas foram sempre mais centradas nas características formais do que sociais, o que contribui para a visão estigmatizada dos espaços e impede ações práticas do poder público. “Existem processos de particularização cada vez maior das relações sociais que ignoram o diferente e a favela é o principal estrangeiro nesse processo”, assinala. Já Fernando Cavalieri, do Instituto Pereira Passos, destacou a importância do instituto no mapeamento das favelas. Segundo ele, até 1981 essas comunidades não eram mapeadas. “Hoje já temos 1.020 cadastradas territorialmente. Esse trabalho está sendo aprofundado em benefício das próprias comunidades”, informou.
Nesta quinta-feira, das 09h as 17h30, o seminário será realizado na sede do OF/RJ – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré. Ricardo Henriques e Jailson farão a abertura e serão os responsáveis pela organização dos Grupos de Trabalho (GT). Cerca de 40 pesquisadores, especialistas e profissionais de diferentes áreas se reunirão para discutir “O que é a favela, afinal?”. Promovido pelo Observatório de Favelas do Rio em parceria com o BNDES, o encontro pretende elaborar um documento que será encaminhado aos órgãos competentes a fim de que sejam estimuladas pesquisas e políticas públicas para essas áreas.
Para o assessor da Presidência do BNDES, Ricardo Henriques, que fez a abertura do seminário, ao lado do diretor do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do banco, André Bezerra, e do coordenador geral do Observatório, Jorge Luiz Barbosa, a discussão social e territorial das favelas tem que girar em torno do desenvolvimento econômico. Henriques disse que é preciso ‘quebrar’ de vez as falsas percepções sobre os territórios e, por isso, o seminário acontece simultaneamente no espaço do BNDES e na sede do Observatório, no Complexo da Maré. “Hoje o BNDES tem visão mais consistente do ponto de vista social, de enfrentamento das desigualdades sociais e territoriais”, destacou.
A professora de arquitetura da UFF, estudiosa e pesquisadora de favelas, Maria Lais da Silva, fez uma reflexão de caráter histórico sobre o tema dizendo que a definição do conceito de favela é algo tão complexo que vem sendo pensado há décadas. “Complexidades e ambiguidades são questões próprias da cidade e por que não pensar em favela como cidade no campo da produção e do espaço urbano”, levantou.
A mesma questão é defendida pelo professor Jailson de Souza e Silva, fundador do Observatório e hoje secretário de Educação de Nova Iguaçu. Em sua palestra, Jailson destacou que todas as definições até agora sobre favelas foram sempre mais centradas nas características formais do que sociais, o que contribui para a visão estigmatizada dos espaços e impede ações práticas do poder público. “Existem processos de particularização cada vez maior das relações sociais que ignoram o diferente e a favela é o principal estrangeiro nesse processo”, assinala. Já Fernando Cavalieri, do Instituto Pereira Passos, destacou a importância do instituto no mapeamento das favelas. Segundo ele, até 1981 essas comunidades não eram mapeadas. “Hoje já temos 1.020 cadastradas territorialmente. Esse trabalho está sendo aprofundado em benefício das próprias comunidades”, informou.
Nesta quinta-feira, das 09h as 17h30, o seminário será realizado na sede do OF/RJ – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré. Ricardo Henriques e Jailson farão a abertura e serão os responsáveis pela organização dos Grupos de Trabalho (GT). Cerca de 40 pesquisadores, especialistas e profissionais de diferentes áreas se reunirão para discutir “O que é a favela, afinal?”. Promovido pelo Observatório de Favelas do Rio em parceria com o BNDES, o encontro pretende elaborar um documento que será encaminhado aos órgãos competentes a fim de que sejam estimuladas pesquisas e políticas públicas para essas áreas.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Para poder público, Rocinha, Maré e Morro do Alemão são bairros
Dezenas de pesquisadores, doutores e jornalistas já confirmaram presença no seminário “O que é a favela, afinal?”, que será realizado nos dias 19 e 20 de agosto. O encontro, promovido pelo Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pretende alterar e unificar os critérios de definição de favela para que governos e institutos de pesquisa não limitem seus investimentos nesses lugares e formulem políticas públicas focalizadas.
Para os pesquisadores do OF/RJ, um bom exemplo das contradições no campo da percepção dos espaços populares e de seus moradores é o “Bairro Maré”. Maior favela do Rio de Janeiro, com 132.000 moradores, ela reúne 16 comunidades, sendo que nove delas foram construídas pelo poder público. “Embora considerado oficialmente, desde o final da década de 80, como um bairro, ele é comumente identificado como um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro, seguido do Morro do Alemão, Rocinha e Jacarezinho, todos também denominados, oficialmente, como bairros”, explica Jorge Luiz Barbosa, coordenador geral do Observatório.
Para ele, a realidade é outra. “Os espaços populares são formados por diversas redes sociais. São conceitos antigos que muitas vezes distorcem a realidade. Temos que ver a favela hoje como um local com possibilidades culturais, sociais e econômicas”, afirma.
Participantes se dividirão em grupos de trabalho com expositores e debatedores
O seminário vai reunir especialistas e profissionais de diferentes áreas e de 33 instituições públicas e privadas de todo o Brasil, que possam contribuir para novas formas de se pensar e definir o espaço favelado. Os trabalhos serão debatidos por representantes do CEDAPS, do Ministério da Cultura, do Nós do Morro, do Instituto Polis, da Redes Maré, do Viva Rio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Cidade do Rio.
O economista Ricardo Henriques, do BNDES, Jailson de Souza e Silva, do OF/RJ, Fernando Cavallieri, do Instituto Pereira Passos, e Maria Lais Pereira da Silva, da Universidade Federal Fluminense e da Fundação Getulio Vargas, farão a abertura do seminário dia 19 de agosto, às 10h, no auditório do BNDES – Avenida Chile, nº 100, Centro do Rio. Eles terão como tema “O conceito de favela numa perspectiva sócio-histórica da urbanização brasileira”.
No dia seguinte, das 09h as 17h30, o encontro acontece na sede do OF/RJ – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré. Ricardo Henriques e Jailson farão a abertura e serão os responsáveis pela organização dos Grupos de Trabalho (GT). "A ideia é que cada GT tenha cerca de dez integrantes, sendo um coordenador e um sistematizador que apresentarão uma síntese das proposições e das ponderações realizadas pelo grupo", explica Jailson.
Para os pesquisadores do OF/RJ, um bom exemplo das contradições no campo da percepção dos espaços populares e de seus moradores é o “Bairro Maré”. Maior favela do Rio de Janeiro, com 132.000 moradores, ela reúne 16 comunidades, sendo que nove delas foram construídas pelo poder público. “Embora considerado oficialmente, desde o final da década de 80, como um bairro, ele é comumente identificado como um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro, seguido do Morro do Alemão, Rocinha e Jacarezinho, todos também denominados, oficialmente, como bairros”, explica Jorge Luiz Barbosa, coordenador geral do Observatório.
Para ele, a realidade é outra. “Os espaços populares são formados por diversas redes sociais. São conceitos antigos que muitas vezes distorcem a realidade. Temos que ver a favela hoje como um local com possibilidades culturais, sociais e econômicas”, afirma.
Participantes se dividirão em grupos de trabalho com expositores e debatedores
O seminário vai reunir especialistas e profissionais de diferentes áreas e de 33 instituições públicas e privadas de todo o Brasil, que possam contribuir para novas formas de se pensar e definir o espaço favelado. Os trabalhos serão debatidos por representantes do CEDAPS, do Ministério da Cultura, do Nós do Morro, do Instituto Polis, da Redes Maré, do Viva Rio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Cidade do Rio.
O economista Ricardo Henriques, do BNDES, Jailson de Souza e Silva, do OF/RJ, Fernando Cavallieri, do Instituto Pereira Passos, e Maria Lais Pereira da Silva, da Universidade Federal Fluminense e da Fundação Getulio Vargas, farão a abertura do seminário dia 19 de agosto, às 10h, no auditório do BNDES – Avenida Chile, nº 100, Centro do Rio. Eles terão como tema “O conceito de favela numa perspectiva sócio-histórica da urbanização brasileira”.
No dia seguinte, das 09h as 17h30, o encontro acontece na sede do OF/RJ – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré. Ricardo Henriques e Jailson farão a abertura e serão os responsáveis pela organização dos Grupos de Trabalho (GT). "A ideia é que cada GT tenha cerca de dez integrantes, sendo um coordenador e um sistematizador que apresentarão uma síntese das proposições e das ponderações realizadas pelo grupo", explica Jailson.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Doutores de instituições de ensino do país serão expositores
Nove profissionais de instituições de ensino do Rio e de São Paulo já confirmaram presença no segundo dia do seminário “O que é a Favela, afinal?”. Eles irão apresentar seus trabalhos que serão debatidos por debatedores do CEDAPS, do Ministério da Cultura, do Nós do Morro, do Instituto Polis, do instituto Polis, da Redes Maré, do Viva Rio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Cidade do Rio.
O encontro terá início às 9h, do dia 20 de agosto, na sede do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré.
Abaixo, um currículo resumido dos expositores que já confirmaram presença no seminário “O que é a favela, afinal?”.
Itamar Silva – Jornalista. É uma das lideranças comunitárias do morro Santa Marta, em Botafogo, um dos coordenadores do Ibase e responsável pela execução do projeto Cidade de Deus.
André Urani – Doutor em Economia pelo Delta (Paris - França) em 1992; Diplome d' Etudes Approfondies (DEA) em Economia pelo Delta (Paris - França) em 1988; mestre em Economia nesta mesma Universidade em 1987; Bacharel em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1982; Pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), desde janeiro de 2001. Professor adjunto do Instituto de Economia da UFRJ desde 1992.
Pedro Strozenberg – Militante de Direitos Humanos do Iser.
Marcelo Burgos – Doutor em sociologia, pesquisador de cidadania e questão urbana. Entre outras publicações, destacamos: Um Abraço à Favela. Boletim CEDES, v. julho/, p. 1-2, 2009. Favela, Cidade e Cidadania em Rio das Pedras. In: Marcelo Baumann Burgos. (Org.). A Utopia da Comunidade. Rio das Pedras, uma favela carioca.. 1 ed. Rio de Janeiro: PUC-Rio:Loyola, 2002, v. 1, p. 21-91.
Gerônimo Leitão – Doutor em Geografia, professor da Faculdade de Arquitetura da UFF. Algumas publicações: “Revertendo a favelização de conjuntos habitacionais: o papel do poder público e propostas de intervenções”. Anais do Seminário Nutau´2000 Tecnologia e Desenvolvimento, p. 85-85, 2000. “Transformações na Paisagem Urbana: Favelização de Conjuntos Habitacionais.” Anais do VI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, p. 50-50, 2000.
Linda Gondim – Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade de Cornell (1986). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (1972). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Ceará
Cristovão Duarte – Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983). Mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Pedro Abramo – Doutor em Economia pela Ecole des Haustes Etudes en Sciences Sociales (1994). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988). Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Fluminense (1982). Atualmente é professor do curso de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor visitante da Universidade de Newcastle e professor adjunto iv da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rosana Denaldi – Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2003). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos (1986). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em planejamento urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: política habitacional, urbanização de favelas, gestão urbana e ambiental, planejamento urbano e regional. Atualmente é professora da Universidade Federal do ABC.
Laura Machado de Mello Bueno – Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2000). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1994). Graduada em Faculdade de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1976). Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Campinas no Mestrado em Urbanismo e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. É consultora sênior no Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAUUSP no GTA Grupo Técnico de Apoio, na DEMACAMP e da Fundação Para a Pesquisa Ambiental da Fauusp.
O encontro terá início às 9h, do dia 20 de agosto, na sede do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro (OF/RJ) – Rua Teixeira Ribeiro, nº 535, Maré.
Abaixo, um currículo resumido dos expositores que já confirmaram presença no seminário “O que é a favela, afinal?”.
Itamar Silva – Jornalista. É uma das lideranças comunitárias do morro Santa Marta, em Botafogo, um dos coordenadores do Ibase e responsável pela execução do projeto Cidade de Deus.
André Urani – Doutor em Economia pelo Delta (Paris - França) em 1992; Diplome d' Etudes Approfondies (DEA) em Economia pelo Delta (Paris - França) em 1988; mestre em Economia nesta mesma Universidade em 1987; Bacharel em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1982; Pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), desde janeiro de 2001. Professor adjunto do Instituto de Economia da UFRJ desde 1992.
Pedro Strozenberg – Militante de Direitos Humanos do Iser.
Marcelo Burgos – Doutor em sociologia, pesquisador de cidadania e questão urbana. Entre outras publicações, destacamos: Um Abraço à Favela. Boletim CEDES, v. julho/, p. 1-2, 2009. Favela, Cidade e Cidadania em Rio das Pedras. In: Marcelo Baumann Burgos. (Org.). A Utopia da Comunidade. Rio das Pedras, uma favela carioca.. 1 ed. Rio de Janeiro: PUC-Rio:Loyola, 2002, v. 1, p. 21-91.
Gerônimo Leitão – Doutor em Geografia, professor da Faculdade de Arquitetura da UFF. Algumas publicações: “Revertendo a favelização de conjuntos habitacionais: o papel do poder público e propostas de intervenções”. Anais do Seminário Nutau´2000 Tecnologia e Desenvolvimento, p. 85-85, 2000. “Transformações na Paisagem Urbana: Favelização de Conjuntos Habitacionais.” Anais do VI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, p. 50-50, 2000.
Linda Gondim – Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade de Cornell (1986). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (1972). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Ceará
Cristovão Duarte – Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983). Mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Pedro Abramo – Doutor em Economia pela Ecole des Haustes Etudes en Sciences Sociales (1994). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988). Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Fluminense (1982). Atualmente é professor do curso de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor visitante da Universidade de Newcastle e professor adjunto iv da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Rosana Denaldi – Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2003). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos (1986). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em planejamento urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: política habitacional, urbanização de favelas, gestão urbana e ambiental, planejamento urbano e regional. Atualmente é professora da Universidade Federal do ABC.
Laura Machado de Mello Bueno – Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2000). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1994). Graduada em Faculdade de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1976). Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Campinas no Mestrado em Urbanismo e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. É consultora sênior no Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAUUSP no GTA Grupo Técnico de Apoio, na DEMACAMP e da Fundação Para a Pesquisa Ambiental da Fauusp.
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